Nesta quarta-feira (27), o advogado Eduardo de Mendonça, representante do Google, não poupou palavras ao criticar propostas de regulação das redes sociais no Brasil. Durante sua sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF), Mendonça apresentou argumentos contundentes que ressoaram como um verdadeiro manifesto em defesa da liberdade de expressão.
Com tom firme e sem rodeios, ele destacou: “O cerceamento à liberdade de expressão sempre começa com bons propósitos, mas ele, invariavelmente, degenera.” Uma frase que deixou claro o alerta para os perigos de medidas supostamente bem-intencionadas, mas que podem, no fim, sufocar a essência da democracia.
Mendonça não parou por aí. Ele foi incisivo ao afirmar que “a censura é aristocrática, pois parte do pressuposto de que as pessoas não são capazes de decidir por si mesmas, precisando de orientações externas para interpretar conteúdos.” O recado foi direto, com uma pitada de ironia: quem seriam esses iluminados que acreditam saber o que é melhor para os cidadãos?
O advogado alertou ainda para um paradoxo cruel: medidas que incentivam a remoção de conteúdos controversos podem acabar minando os próprios pilares de uma democracia liberal. A mensagem foi clara: a liberdade não é negociável, e regular opiniões é o caminho mais rápido para a tirania digital.
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