O mais recente político a ser beneficiado por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulam provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht em ações judiciais é Luiz Fernando Pezão, ex-governador do Rio de Janeiro pelo MDB.
Em um processo na Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro, Pezão, réu por corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e caixa dois durante as eleições de 2014 em que foi reeleito, teve provas contra ele anuladas. Essa decisão foi tomada pelo ministro Dias Toffoli, que assinou o despacho no último dia 8.
Toffoli julgou como inválidas as evidências apresentadas pelo Ministério Público, que foram baseadas nos sistemas Drousys e MyWebDay, empregados pela Odebrecht para administrar seu “departamento de propinas”.
Mesmo assim, o ministro rejeitou a solicitação da defesa para interromper e encerrar o processo. Toffoli estabeleceu que uma decisão desse tipo será de responsabilidade do juiz responsável pelo caso, visto que as evidências foram invalidadas.
Pezão, que foi objeto de delações da Lava Jato, esteve em prisão preventiva de novembro de 2018 a dezembro de 2019. Em 2021, a primeira instância da Justiça Federal do Rio o sentenciou a 98 anos de prisão, decisão que foi posteriormente revertida pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Atualmente, ele é prefeito de Piraí, município na região sul do Rio de Janeiro. As informações são da Revista Oeste.