A recente saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social evidencia o que muitos já alertavam: a corrupção segue rondando os bastidores do poder.
A revelação de fraudes bilionárias envolvendo descontos indevidos nos benefícios do INSS, operadas por sindicatos ligados historicamente à base do atual governo, desmonta a tentativa de transferir responsabilidades para gestões anteriores. Apontar o dedo para o ex-presidente Jair Bolsonaro, como alguns setores ensaiaram fazer, beira o absurdo. Se a culpa fosse realmente dele, por que um ministro de Lula foi afastado?
É impossível ignorar a contradição: o próprio vice-presidente Geraldo Alckmin, hoje integrante do governo, havia dito no passado que o PT queria “voltar à cena do crime”. E, ironicamente, voltou junto.
A demissão de Lupi não é apenas um movimento político. É um sinal claro de que há algo mais grave por trás do que foi revelado até agora. O governo tenta conter os danos, mas a confiança já foi abalada.
A verdade é que o desgaste está em curso — e parece que ainda há muito por vir.