

O Instituto Lex de Estudos Jurídicos, empresa da família do ministro do Alexandre de Moraes, adquiriu pelo menos dois imóveis por R$ 16 milhões este ano, pouco antes de ser sancionado pelos Estados Unidos. As informações são do portal Metrópoles.
A empresa, comandada pela esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes, e que tem os filhos do casal como sócios, é acusada pelo governo americano de ser uma holding para os bens do magistrado. A sanção foi imposta com base na Lei Magnitsky, que permite o bloqueio de ativos nos EUA e o congelamento de contas de pessoas e entidades acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.
Uma das transações, ocorrida em março, foi a compra de um apartamento duplex em Campos do Jordão (SP) por R$ 4 milhões. Com 365 metros quadrados, o imóvel de alto padrão possui cinco suítes, seis vagas de garagem e uma ampla varanda gourmet.
Este é o segundo apartamento da família no mesmo edifício; o primeiro foi adquirido em 2014, também por R$ 4 milhões e com a mesma metragem e planta — ambos vendidos pela construtora Paiano Lopes LTDA.
Além disso, a empresa da família Moraes também comprou uma mansão em Brasília por R$ 12 milhões à vista, com um pagamento inicial de R$ 6 milhões e o restante na data da escritura.
O Departamento do Tesouro e o Departamento de Estado dos EUA justificaram a sanção afirmando que o instituto “auxiliou materialmente, patrocinou ou forneceu suporte financeiro” a Moraes, e que a propriedade nominal de muitos bens foi transferida para o Instituto Lex há mais de uma década.